16 de dezembro de 2021
por Edemar Ênio Wieser*
Iniciamos 2021 com uma ponta de esperança pela chegada das vacinas contra o coronavírus. Mês a mês, com o aumento da cobertura de imunizações, vislumbramos melhores cenários e o planejamento de ações pôde ser estruturado com mais assertividade em médio prazo.
Saber lidar com essa transição não foi tarefa fácil. Para nós, empresários, o medo do incerto precisou ser ressignificado, muitos tiveram que “dar a cara a tapa” e “matar no peito” decisões que visavam fortalecer seu negócio em plena crise econômica. E novamente, uma característica da região se destacou: a capacidade de se reerguer e encontrar oportunidades frente a um problema. A pesquisa da Associação Empresarial de Gaspar (Acig), realizada ainda em 2020 para acompanhar o desempenho do empresariado durante a pandemia, foi um indicativo do quanto o gasparense conseguiu driblar as adversidades e se manter firme na condução do seu empreendimento. Os impactos negativos foram sentidos, óbvio: a economia estagnada refletiu em acesso restrito à matéria-prima, aumento do valor de insumos, a impossibilidade de repassar o total dos gastos aos produtos e serviços, que gerou a consequente redução do lucro.
Mas, como suporte a esse empresário no momento frágil, a entidade representativa sempre esteve presente. Em 2021, a Acig buscou dar ainda mais vez e voz ao associado, oportunizando-lhe a chance de expor suas dores e buscando coletivamente alternativas para ultrapassar barreiras. Foi um ano de estar junto, de prestar apoio, de unir forças.
Ao que tudo indica, a fase crítica passou. Os olhares se voltam para um 2022 com mais oportunidades, potencializadas por uma retomada econômica gradativa. Por isso, cumprindo seu papel de representante de classe, a Acig buscará fortalecer ainda mais suas responsabilidades. Com um plano de ação já traçado, enxergamos um campo promissor com o retorno dos eventos presenciais: devemos promover palestras com nomes de peso que deem ao associado a chance de reflexão sobre o mercado nas mais diversas áreas, além de organizar encontros com cases de sucesso que possam abrir a mente dos empresários sobre novas perspectivas de atuação.
O título de Capital Nacional da Moda Infantil nos dá a responsabilidade de articular novas estratégias para enaltecer o que sabemos fazer bem. As consequências deste selo trazem ao nosso empresariado – não apenas o têxtil, mas todos os que acabam englobando a cadeia econômica local – a necessidade de mostrar mais serviço, mais expertise, mais conhecimento. A conquista do reconhecimento é só o primeiro passo de um trabalho que tem um longo caminho de lapidação pela frente – e a Acig, como defensora dessa bandeira, cumprirá com o dever de dar respaldo à classe.
O radar de ações inclui ainda irmos a campo, mostrar nosso trabalho para mais empresários e fazê-los entender que estar vinculado a uma entidade acaba por trazer benefícios não só à empresa, mas aos colaboradores e também à comunidade à qual ela está inserida. Para quem já está dentro, pretendemos abranger mais os participantes nas nossas reuniões de diretoria, que a partir do ano que vem devem contar com todos os integrantes: executivo, fiscal e deliberativo. Acreditamos que com uma abordagem mais abrangente aumentam as nossas chances de agilizar os processos e demandas dos associados.
A meta para 2022 é aumentar o engajamento do associado – e provar que a união de vontades pode proporcionar transformações para além de uma demanda pontual.
*Edemar Ênio Wieser é presidente da Associação Empresarial de Gaspar (Acig)