29 de abril de 2021
Representantes das Associações Empresariais do Vale do Itajaí realizaram encontro virtual nesta quinta-feira (29/4) para debater sobre a distribuição do efetivo policial na região.
A convite da Associação Empresarial de Gastar (ACIG), no encontro o representante da Câmara Técnica de Segurança Pública do DEL de Gaspar, Willian Stein, apresentou o cenário da segurança pública na região que conta com efetivos aquém das necessidades reais da população.
Guabiruba, por exemplo, tem apenas 13 policiais, sendo 01 para cada 1876 habitantes, Gaspar tem 38 policiais, sendo 01 para 1863 habitantes. “Hoje Gaspar é uma das 30 cidades mais populosas de Santa Catarina, com mais de 50 mil habitantes e possui a pior relação PM x Habitantes. isso faz com que tenhamos, motos, viaturas e equipamentos que foram adquiridos com recursos do município e dos empresários parados, sendo que poderiam estar nas ruas para servir a população” relatou.
Segundo Willian há uma certa discriminação das cidades da região em relação a distribuição do efetivo. “Não conseguimos entender o critério para tal distribuição. Isso faz com que os empresários, que eventualmente ajudam financeiramente para equipar as polícias passem a repensar estes apoios já que a parte do estado, que é o aumento do efetivo, não é feita a anos”, declarou. O encontro contou com a participação do presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves e de representantes das Associações de Gaspar, Brusque e Indaial.
“Vejo este desequilíbrio na distribuição como um reflexo da falta de gestão. Podem contar com a Federação na luta por esta demanda, pois não só a região é penalizada por ter bons números, mas todo o estado. Exemplo disso é o recente corte de 50% para a área de infraestrutura. Estamos passando pela tempestade da insegurança política e vejo que a grande solução seria o Pacto Federativo com os recursos ficando nas bases. Por isso, precisamos nos unir e fazer uma mobilização coletiva”, declarou Sérgio.
Presente no encontro a presidente da Associação Empresarial de Brusque, Rita de Cássia Conti comentou que os municípios são punidos por terem bons números. “Temos que ter números ruins para receber efetivo?”, questionou.
Na ocasião, o coronel Otávio Ferreira, que atua no município de Brusque, endossou a necessidade de aumento do efetivo mas também a importância de saber utilizar a equipe disponível. “Precisamos ter uma regra que defina como é feita a distribuição do efetivo para as cidades. Quais os critérios que são levados em conte e criar um projeto de lei para normatização de efetivo no estado para que não haja tratamento desigual para municípios”, completou.
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