5 de fevereiro de 2020
Empresários da cidade, que está inserida em um dos principais polos têxteis do país, estão unidos na busca por soluções eficazes no desenvolvimento deste setor. Além de estratégias tecnológicas, o grupo aposta em qualificação na base da cadeia de produção
O polo têxtil de Blumenau, composto por 18 municípios, se destaca como o segundo maior do Brasil, com a produção de 900 milhões de peças por ano (segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, a Abit). Gaspar faz parte deste pólo e é a segunda cidade que mais contribui com essa produção nacional, estando atrás somente de Blumenau. O município possui 838 indústrias no segmento têxtil – o que corresponde a 30% do seu parque fabril e que emprega mais de 8.400 pessoas.
E qualificar a cadeia produtiva, principalmente na base (que terceiriza os processos de costura) e no processo de finalização (acabamento e embalagem) é essencial para o crescimento do setor. Foi pensando nisso que o Núcleo Têxtil da ACIG, em parceria com entidades locais, criou o projeto Qualifica Gaspar.
Segundo Douglas Junckes, coordenador do Núcleo, a iniciativa começou a ser desenhada em meados de 2019. “Para idealizar o projeto realizamos importantes alianças, como a parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina, para o oferecimento dos cursos e a negociação com a Prefeitura, que dará respaldo pelo lado social, com questões como creches em horários alternativos para os filhos das costureiras e meios de transporte para os alunos”, diz.
No segundo trimestre de 2020, o Qualifica Gaspar vai oferecer cursos de gestão administrativa (envolvendo noções básicas de informática, técnicas financeiras, formação de preços, leis trabalhistas e vendas, com os conteúdos básicos para se gerir de forma responsável uma pequena empresa). Além do curso de costura para qualificar as trabalhadoras na base da produção.
As aulas serão gratuitas e as inscrições para vagas devem ser abertas a partir de março deste ano, no site do IFSC.
