3 de novembro de 2022
Atividade fez parte de um projeto que vem sendo desenvolvido há várias edições na instituição. Estudantes de 13 a 18 anos participaram da rodada de conversa com integrantes da diretoria da entidade e associadas sobre como é empreender nos dias atuais
O tema empreendedorismo está inserido na grade curricular do chamado Novo Ensino Médio, mas os estudantes de uma escola de Gaspar tiveram a oportunidade de conversar sobre o assunto dentro de um projeto que já é recorrente na instituição. “O UniCiência é uma atividade que busca convidar pessoas de fora do universo escolar para troca de ideias e ampliação do pensamento dos estudantes, assim como forma de estímulo e exemplo para conhecerem outras realidades para além das apostilas que estão acostumados. Este ano buscamos abordar o empreendedorismo, que cresceu muito durante a pandemia, de uma forma que os alunos assimilassem os desafios do cotidiano dessa carreira”, explicou a coordenadora pedagógica Daniela Moser.
Cerca de 138 jovens entre 13 e 18 anos participaram da iniciativa, que contou com a participação do presidente da Associação Empresarial de Gaspar (Acig), Edemar Enio Wieser, da vice-presidente da entidade, Kieri Madilane da Silva, e das associadas Juliana Testoni e Monique Reinert. Durante o painel, os convidados comentaram sobre seus nichos de atuação, contaram sobre as adversidades e as vantagens de se ter um negócio e responderam aos questionamentos dos alunos.
Para Kieri, a experiência foi fantástica. “É um grupo que está sedento por informação diferente. Dar um direcionamento de mercado para eles é importante porque daqui a pouco serão eles que estarão atuando. Todos se mostraram muito interessados e concentrados no bate-papo”, destacou a vice-presidente da Acig. Ela lembrou ao público o quanto a escola tem um papel fundamental na formação de quem eles serão daqui a alguns anos. “O adolescente por si só tem essa característica de ser insatisfeito e imediatista, de querer resultados rápidos. Quando trazemos esses jovens para a realidade do mercado de trabalho, muitas vezes eles se assustam porque é um ambiente que exige inteligência emocional. No mundo do empreendedorismo isso é ainda mais potencializado. Então o período escolar é o palco para que eles valorizem a oportunidade de aprender, de se interessar, de buscar conhecimento”, esclareceu.
Monique, por sua vez, enfatizou que a curiosidade é uma das características mais importantes do empreendedor: “É preciso ser curioso, pois o empresário vai se deparar com coisas novas todos os dias. No início de um empreendimento, principalmente quando não é possível ter toda uma equipe preparada para dar respaldo a todas as áreas dentro da empresa, o dono do negócio tem que aprender a fazer de tudo. E mais do que isso: o seu cliente sempre vai esperar de você uma resposta para sanar a dor que ele tem naquele momento. A curiosidade em aprender acaba facilitando processos e abrindo caminhos tanto para o empreendedor quanto para o negócio em si”.
João Leopoldo Schmitt Reinert, de 17 anos, era um dos presentes na ação. E comemorou a chance de ouvir sobre empreendedorismo: “Gostei muito do painel e aprendi a importância do trabalho do empreendedor em qualquer área. O que mais me chamou a atenção foi a questão da inteligência emocional, pois eu já tenho em mente que em uma empresa, um colaborador produtivo é um colaborador feliz. E esse seria um dos pontos que eu valorizaria caso abrisse meu negócio”, afirmou o jovem.
A partir desta ação, a Acig estuda a possibilidade de replicar o modelo para outras escolas do município, levando o empreendedorismo e o associativismo para a realidade das crianças e adolescentes. “É a oportunidade de aproximarmos a geração que está nas cadeiras escolares de algo que eles poderão estar vivenciando daqui a alguns anos. E falar sobre estes assuntos é uma questão de esclarecimento e de incentivar cada vez mais as práticas empreendedoras com o respaldo associativista”, ressalta Edemar Enio Wieser, presidente da Acig.
